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Câmara de Castelo Branco aprova orçamento de 81 milhões para 2026

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A Câmara de Castelo Branco aprovou o orçamento para 2026 no valor de 81 milhões de euros (ME), com a abstenção dos vereadores da Iniciativa Liberal e do PSD/CDS-PP apoiados pelo Movimento Independente Sempre por Todos.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues (PS), disse que este “é um orçamento que dá seguimento ao trabalho realizado nos últimos anos, mas que incorpora também novas prioridades ajustadas aos desafios atuais e futuros do município”.

O orçamento para 2026, no valor de 81 ME, foi aprovado em reunião extraordinária privada, com três votos a favor (vereadores do PS) e quatro abstenções (vereadores da Iniciativa Liberal e do PSD/CDS-PP apoiados pelo Sempre por Todos).

O documento assenta numa lógica de continuidade das políticas municipais, onde todos os partidos com representação na Assembleia Municipal reuniram com o presidente da autarquia para discutir e partilhar propostas, algumas das quais foram incluídas no documento.

Segundo o autarca, “este foi um exercício de diálogo democrático e de respeito institucional, que enriqueceu o orçamento e permitiu incorporar diferentes contributos em benefício do concelho”.

As principais verbas vão para as Funções Gerais, com 27.814.421 euros (34,34%); Obras, Equipamentos e Infraestruturas, 23.320.203 euros (28,79%); Educação, Juventude e Desporto, 11.387.950 euros (14,06%); Proteção Civil, Meio Ambiente e Gestão Urbana, 7.953.775 euros (9,82%); Ação Social, 4.299.980 euros (5,31%); Turismo, Cultura e Eventos, 4.051.500 euros (5,01%) e Mobilidade e Transportes: 2.160.700 euros (2,67%).

No seguimento da política de apoio aos cidadãos, em 2026, o município de Castelo Branco vai devolver 4,25% do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), um aumento de 0,25% face a 2025.

“Queremos uma autarquia mais próxima, mais eficiente e preparada para responder às necessidades das pessoas e das empresas”, frisou Leopoldo Rodrigues acrescentando que “estas áreas são fundamentais para reforçar a confiança dos munícipes e promover um desenvolvimento equilibrado”.

O vereador do PSD/CDS-PP apoiado pelo Movimento Independente Sempre por Todos sublinhou o respeito pela legitimidade democrática do atual presidente da Câmara, eleito há cerca de dois meses.

 Jorge Pio referiu que o documento “não introduz mudanças estruturais nem soluções inovadoras, representando antes uma continuidade das opções seguidas nos últimos quatro anos”.

Segundo o vereador, essa continuidade tem tido consequências claras: “o crescimento das despesas de funcionamento da Câmara tem vindo a limitar, de forma progressiva, a capacidade real de investimento do município, o que nos merece séria preocupação”.

Outro aspeto criticado prende-se com a falta de articulação com o território.

“Lamentamos que este orçamento tenha sido elaborado sem auscultação prévia dos presidentes de Junta de Freguesia, impedindo que as necessidades e prioridades locais fossem devidamente consideradas”, referiu.

Apesar das reservas, regista como nota positiva a abertura ao diálogo demonstrada por Leopoldo Rodrigues.

“Foram acolhidas e integradas no orçamento três propostas apresentadas pela Sempre por Todos, o que demonstra que o contributo da oposição pode melhorar o documento final”, realçou.

Já o vereador da IL, José Henriques, salientou que o orçamento incorpora algumas opções que merecem reconhecimento, em particular a inclusão de propostas do seu partido que considera estruturantes para o futuro de Castelo Branco.

“Estas inclusões das nossas propostas pesaram de forma decisiva na nossa posição e levaram-nos a viabilizar o orçamento através da abstenção”, disse.

Contudo, salientou que este é apenas um ponto de partida: “Nos próximos anos continuaremos a ser exigentes. Queremos orçamentos mais disruptivos, com mais ambição e coragem política, que acreditem e apostem verdadeiramente no desenvolvimento de Castelo Branco”, vincou.

Notícias do Centro | Lusa

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