A Câmara da Marinha Grande, liderada pelo PS, aprovou hoje por maioria uma proposta apresentada pelo vereador do Chega para implementar a videovigilância na sede do concelho.
Na apresentação da proposta, Emanuel Vindeirinho afirmou que nos últimos anos tem tido “conhecimento de algumas situações recorrentes de vandalismo, furto, danos de equipamentos públicos e algumas sensações de insegurança” em parques ou áreas industriais.
“A videovigilância não é para resolver tudo, mas é uma ferramenta essencial, hoje em dia”, para a prevenção, dissuasão e apoio às forças de segurança, defendeu Emanuel Vindeirinho.
Para o vereador, “o objetivo é só mesmo reforçar a segurança pública” e ajudar a Polícia de Segurança Pública (PSP).
O vereador Aurélio Ferreira, antigo presidente da Câmara (+MPM Movimento pelo Concelho), disse concordar com a proposta e recomendou a análise da documentação sobre esta matéria nos serviços municipais e que já foi discutida com a PSP, tendo sido “definidos os pontos de vigilância”.
Por seu turno, Sérgio Silva (CDU) considerou que “um mundo vigiado não é um mundo ideal” e que a segurança se consegue “por outros meios” que “não impliquem a espionagem da vida das pessoas”.
Sérgio Silva, que tem pelouros atribuídos, contrapôs ser primordial um reforço de elementos da PSP e da Guarda Nacional Republicana, e que “haja polícia de proximidade”.
“Não é por acaso que o Chega apresenta esta proposta um pouco por todo o país”, adiantou, argumentando que “isto não tem a ver com as condições específicas da Marinha Grande”, concelho que “não tem mais problemas de falta de segurança ou de insegurança do que outros territórios”.
Sérgio Silva justificou o voto contra por ser “prematuro sem uma discussão séria desta problemática”, porque “se insere numa campanha do Chega a nível nacional” e por existirem “outras soluções prévias” que “devem, primordialmente, ser utilizadas para reforçar as condições de segurança e, sobretudo, reforçar a sensação de segurança na população”.
O presidente do Município da Marinha Grande, Paulo Vicente, referiu que a videovigilância é necessária “não só para combater o crime, mas, também, para dar um sentido de segurança aos cidadãos”.
“Muitas vezes, os cidadãos têm esta perceção de que não há segurança, o que não corresponde, muitas vezes, à verdade”, declarou Paulo Vicente, que quer a “estrita colaboração das forças de segurança” na “implementação, vigilância e monitorização das câmaras”, assim como os locais onde se localizarão.
Paulo Vicente afirmou ainda que nas diligências futuras espera contar com a colaboração dos vereadores proponente (Chega) e “um bocado renitente em relação a estas questões” (CDU).
O presidente deste município do distrito de Leiria defendeu a necessidade de “diligenciar em colaboração com a polícia se é viável esta proposta”, mas “ter sempre a defesa intransigente das liberdades e garantias individuais”.
Em julho, no anterior mandato, o então vereador independente eleito pelo PS António Fragoso alertou o executivo para a necessidade de garantir estratégias para a segurança da população, sugerindo a instalação de câmaras de videovigilância.
Na ocasião, o presidente da autarquia, Aurélio Ferreira, adiantou que a Câmara “está a analisar a questão da videovigilância”, referindo ter mantido “conversas permanentes com a PSP e com a GNR”.










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