A Casa Nave Catalão, no centro histórico da Covilhã, edifício de Arte Nova, que se julga ser o mais antigo do estilo na cidade, vai ser classificado como Monumento de Interesse Municipal.
O início do procedimento para o processo de classificação foi publicado na quarta-feira em Diário da República e a documentação está disponível para consulta nos serviços do município.
“O imóvel faz parte de um conjunto de palacetes cujas características arquitetónicas importa salvaguardar”, referiu, em declarações à agência Lusa, a Câmara da Covilhã.
Segundo a autarquia, o edifício, datado de 1901, “apresenta-se como um testemunho de vivências de um passado histórico e de uma época arquitetónica e artística vivida na cidade da Covilhã”.
De acordo com o município, a Casa Nave Catalão, nome de um industrial covilhanense, apresenta características histórico-culturais, estético-sociais, técnico-científico e mantém “grande parte da sua autenticidade”.
O imóvel, propriedade da família até 1976, onde funcionou, entretanto, a delegação do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e é agora parte do complexo hoteleiro Hotel Pena d`Água, foi alvo de obras de conservação e restauro em 2021.
A autarquia adiantou que o novo proprietário preservou, nas intervenções, os elementos distintivos e relevantes do conjunto arquitetónico, onde se destacam o seu desenho original bastante elaborado, os materiais, os revestimentos e os elementos decorativos ao nível das paredes, vãos interiores, chão e tetos.
A Câmara da Covilhã (distrito de Castelo Branco) considerou que estes elementos “fazem deste edifício quase um verdadeiro ‘museu’, o que justifica a abertura do procedimento de classificação como Imóvel de Interesse Municipal”.
A intervenção “manteve no conjunto um valor patrimonial e de memória significativo para o município, e que importa salvaguardar para valorização do património arquitetónicos da cidade e da paisagem urbana”, acentuou a Câmara da Covilhã.
A Casa Nave Catalão está situada na Rua São Francisco Álvares, nas proximidades do quartel dos Bombeiros Voluntários da Covilhã.
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