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Bodo de Monfortinho em Idanha-a-Nova inscrito no Inventário Nacional

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A inscrição da manifestação do Bodo de Nossa Senhora da Consolação de Monfortinho, em Idanha-a-Nova, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial foi publicada hoje em Diário da República.

O anúncio está assinado pela subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, que, através de despacho de 28 de janeiro de 2022, decidiu inscrever a manifestação “Bodo de Nossa Senhora da Consolação” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Rita Jerónimo destacou a importância do Bodo de Monfortinho “enquanto reflexo da respetiva comunidade e os contextos sociais e culturais da sua produção, reprodução e formas de acesso”.

Adiantou ainda que foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, de acordo com o disposto no Código do Procedimento Administrativo.

À agência Lusa, o presidente do município de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, manifestou a sua satisfação pela inscrição desta manifestação no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

“É mais um processo de reconhecimento do património cultural do concelho de Idanha-a-Nova, que resulta da investigação, valorização e da preservação deste património”, afirmou Armindo Jacinto.

O autarca realçou ainda o trabalho de investigação que tem sido desenvolvido pelo município e que faz parte da estratégia cultural delineada para Idanha-a-Nova.

“Vamos continuar a trabalhar com determinação para continuar a valorizar e a preservar o nosso património. Todo este processo contribui também para a criação de riqueza e para a autoestima da população”, concluiu.

A aldeia de Monfortinho, no concelho de Idanha-a-Nova, está geograficamente separada de Espanha apenas pelo rio Erges que ali nasce, indo, posteriormente, contribuir para o aumento do caudal do rio Tejo, como seu afluente.

Monfortinho é conhecida pela organização do tradicional Bodo, um festejo popular ancestral efetuado para agradecimento a Nossa Senhora da Consolação ao livrar os campos e searas, em 1870, de uma enorme praga de gafanhotos.

Esta festa faz parte do património cultural e social de Idanha-a-Nova e possui características que a tornam única no país.

Realiza-se todos os anos, 10 dias depois da Páscoa, durante três dias.

A população oferece os alimentos e chega a cozinhar almoços para quase 1.000 pessoas, locais e visitantes, incluindo espanhóis, numa manifestação de abundância e reconhecimento.

O Bodo de Monfortinho requer muito esforço e boa vontade das pessoas que são nomeadas todos os anos, pois são nomeados três casais que ficam encarregues de a realizar.

Notícias do Centro | Lusa

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