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Bloco de Esquerda considera inaceitável precariedade laboral em ‘call center’ de Castelo Branco

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 A líder do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje inaceitável a precariedade laboral de cerca de 130 técnicos do centro de contacto da Segurança Social de Castelo Branco, que estão subcontratados por uma empresa privada.

“Como é que a Segurança Social subcontrata um trabalho especializado para atender pessoas em situação de fragilidade a uma empresa que paga o salário mínimo, um subsídio de alimentação de 4,20 euros, quase 20% abaixo do que ganha um trabalhador da função pública e, às vezes, com atrasos”, denunciou hoje Mariana Mortágua.

Em declarações aos jornalistas, a coordenadora bloquista – que participou hoje de manhã num plenário com trabalhadores, juntamente com elementos do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav) – denunciou ainda que os trabalhadores têm poucas pausas “num trabalho tão pesado” de oito horas, descontos de salário por “cada segundo de atraso” e acesso limitado a água dentro da sala de trabalho “para não perderem tempo”.

Para Mariana Mortágua, é “nojento e inaceitável” que um organismo público como a Segurança Social tenha técnicos especializados, “que oferecem um trabalho único no país, numa situação da maior precariedade, com baixos salários, más condições de trabalho”, subcontratados a uma empresa que “não apresenta contas e que foi expulsa da Bolsa de Valores”.

“Há um Governo que quer baixar os impostos às grandes empresas para que possam subir salários, que todos os dias enche a boca para falar dos jovens que saem do país, das condições de trabalho e do salário médio e depois a Segurança Social mantém mais de 100 trabalhadores, na sua maioria jovens, no interior do país, com trabalho especializado e único no país a ganhar o salário mínimo e sem poder ter pausas ou acesso a água na sala do seu trabalho”, sublinhou.

A dirigente salientou que o BE apresentou uma proposta no Orçamento de Estado 2025 para a integração daqueles técnicos na função pública e que a empresa que subcontrata os trabalhadores não tem condições para deter o contrato por “não respeitar regras básicas” ao falhar no pagamento de salários, na apresentação de contas e de ter tido problemas com a Bolsa de Valores.

“Por estas duas razões, os trabalhadores devem ser integrados e o contrato negociado”, sustentou Mariana Mortágua.

Notícias do Centro | Lusa

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