DestaqueLeiria

BE defende tarifa social automática para 4.700 consumidores de água nas Caldas da Rainha

0

O Bloco de Esquerda das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, defendeu hoje a atribuição automática da tarifa social da água no concelho, estimando que a medida poderá beneficiar cerca de 4.700 famílias.

De acordo com o BE, nas Caldas da Rainha apenas 730 beneficiários usufruem da tarifa social da água, saneamento e resíduos, pelo facto de a aplicação da medida obrigar a “um moroso e complexo processo burocrático, dependente da iniciativa dos consumidores”.

Em comunicado, o BE defende que a aplicação da tarifa social passe a ser automática, considerando o número de beneficiários “manifestamente inferior ao universo potencial de pessoas singulares e agregados familiares elegíveis”.

Ainda segundo o Bloco, uma tarifa de valor reduzido poderá abranger cerca de 4.700 clientes dos Serviços Municipalizados das Caldas da Rainha.

A proposta reforça uma recomendação apresentada pelo BE em novembro de 2020, e aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, “sem que nada tivesse mudado desde então”.

Considerando o atual contexto social e económico, condicionado pela pandemia de covid-19 e “pelo aumento generalizado do custo de vida”, o BE entende que “a primeira responsabilidade das autarquias é a de responder a quem está em condição de maior vulnerabilidade e viu os seus rendimentos reduzidos”.

A atribuição automática da tarifa social “é uma medida que faz particular sentido neste momento em que são muitas as mudanças e as incertezas que se levantam nas variadas áreas, no que diz respeito aos direitos, garantias e proteção”, lê-se no comunicado do BE, que defende que deixe de ser necessária a apresentação de requerimento por parte das famílias elegíveis.

Este processo é, nalguns casos, “degradante para quem requer a tarifa social, obrigando a pedidos individuais junto das pessoas eleitas do município ou da freguesia, o que pode ser aproveitado por estas para uma discricionariedade antidemocrática”, adverte o BE.

Lembrando que atualmente “estão disponíveis os mecanismos públicos que permitem a aplicação automática do desconto da tarifa social nas faturas de todos os agregados com vulnerabilidade económica identificados nos municípios, tal como já sucede na atribuição da tarifa social da energia”, o BE considera “não existirem motivos para que a atribuição automática da tarifa social da água, saneamento e resíduos não seja feita já”.

Tanto mais que, de acordo com o BE, “o número de famílias com dívida acumulada por incumprimento no pagamento da fatura de água é de cerca de 4.000, as quais vão ter de enfrentar um processo de corte de água já neste mês de abril”.

No entender do BE, se a tarifa social automática estivesse em vigor “teria eventualmente evitado o incumprimento do pagamento da água de uma parte destas famílias”.

Assim, os responsáveis pela concelhia local do BE esperam que a Câmara, liderada pelo movimento independente “Vamos Mudar” e que não tem eleitos do Bloco no executivo, seja capaz de “tirar a lição do erro que tem estado a cometer e que, finalmente, faça o que melhor defende as famílias mais carentes economicamente e as finanças da autarquia”.

Notícias do Centro | Lusa

Tondela promove aulas de exercício físico com unidades de saúde

Notícia anterior

Feira de São Mateus em Viseu abre inscrições para expositores

Próxima notícia

Também pode gostar

Comentários

Comentários estão fechados

Mais em Destaque