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Autarca de Foz Côa mostra preocupação e estranheza com encerramento da urgência básica

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 O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa mostrou-se hoje preocupado com os encerramentos do Serviço de Urgência Básica (SUB) no concelho nos últimos quatro meses, temendo que haja a deslocação de médicos para outros municípios.

“A minha preocupação assenta num sentido de estranheza: porque é que até julho deste ano nunca houve qualquer tipo de constrangimento em relação ao funcionamento da SUB e agora, num espaço de tempo tão curto, há momentos em que é difícil escalar dois médicos para assegurar o funcionamento deste serviço”, questionou João Paulo Sousa.

O autarca social-democrata referiu que já transmitiu as suas preocupações aos responsáveis pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, para que haja uma avaliação desta situação.

“Ainda hoje transmiti à nova responsável pela ULS da Guarda a minha preocupação e estranheza em relação ao encerramento da SUB de Foz Côa por falta de médicos, que assenta igualmente no facto de poder haver uma deslocação de médicos para outros municípios, porque estamos a um ano das eleições [autárquicas], destapando este serviço”, observou João Paulo Sousa.

O presidente do município do distrito da Guarda questionou ainda se por trás destes encerramentos da SUB haverá movimentações políticas para deixar cair este serviço de urgência básica.

João Paulo Sousa assegurou que a presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda “está preocupada com toda esta situação, apesar de estar há apenas cincos dias no cargo”.

“Há aqui alguns sinais que me preocupam: não por não termos médicos, mas pelos motivos pelos quais não os temos”, vincou o autarca do PSD.

O SUB de Vila Nova de Foz Côa esteve encerrado por falta de médicos desde as 08:00 de segunda-feira até às 08:00 de hoje, confirmou na segunda-feira à Lusa fonte da ULS da Guarda.

“O SUB de Vila Nova de Foz Côa funciona sempre com dois médicos em presença física. Inesperadamente, um dos médicos escalados para o dia de hoje não compareceu ao serviço e, devido à escassez de pessoal médico, não foi possível substituí-lo”, indicou na segunda-feira o diretor clínico da Unidade de Local de Saúde (ULS) da Guarda.

O diretor clínico assegurou que “os Serviços de Saúde funcionam em rede e naturalmente que ninguém ficará sem assistência”.

O SUB do Centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa abrange ainda o concelho de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, bem como Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.

Desde o dia 22 julho, esta foi a terceira vez que o SUB de Foz Côa encerrou por falta de médicos para completar a escala. A segunda paragem foi registada em 16 de agosto.

O SUB de Vila Nova de Foz Côa está dotado de uma Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Notícias do Centro | Lusa

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