A Airo – Associação Empresarial do Oeste vai criar a ‘Startup Oeste’, que juntará municípios, universidades e associações da região num projeto conjunto de aceleração de empresas, foi hoje divulgado.
Os protocolos para a operacionalização da ‘startup’ “vão ser assinados no dia 22 de janeiro de 2025”, anunciou o secretário-geral da AIRO, Sérgio Félix, na apresentação do projeto que pretende “unir o ecossistema do Oeste para aumentar a atratividade da região em termos de aceleração de empresas e de atração de nómadas digitais”.
A ‘startup’, que deverá estar operacional em fevereiro do próximo ano, juntará associações, municípios e incubadoras de empresas já existentes na região, que vão ser convidados a integrar “um conselho consultivo regional para desenvolver e apresentar um plano de trabalho conjunto”, explicou Sérgio Félix.
Entre as ações previstas estão a criação de uma plataforma com “toda a oferta existente, em termos de espaços de incubação de empresas na região”, bem como “um programa de aceleração de empresas e um programa conjunto de atração de nómadas digitais”.
O nómada digital “não procura apenas onde se radicar para trabalhar, procura experiências”, disse o secretário-geral da AIRO, elencando potencialidades regionais como “praias, surf, termas ou pegadas de dinossauro”, entre outros atrativos, para a fixação destes profissionais nos vários concelhos do Oeste, repartidos entre os distritos de Leiria e de Lisboa.
A plataforma disponibilizará ainda informação sobre “a bolsa de vantagens para empreendedores, mentores e consultores”, que passam por acesso a ‘software’, serviços integrados de contabilidade e consultoria e oferta de quatro horas mensais em espaços de trabalho colaborativos e condições espaciais para os associados da AIRO.
A criação da ‘startup’ avançará a par com um investimento de 400 mil euros no edifício da Expoeste, nas Caldas da Rainha, anunciou o vice-presidente do município, Joaquim Beato, adiantando que serão feitas “melhorias em gabinetes de incubação, em equipamentos e na climatização” do espaço que, além de sede da AIRO, funciona como pavilhão de feiras e exposições.
A reabilitação da totalidade do edifício “será faseada no tempo”, prevendo o autarca que “dentro de quatro a cinco anos esteja como novo”.
Os projetos foram anunciados nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, no âmbito do programa comemorativo dos 20 anos da AIRO como incubadora de projetos de empreendedorismo, ao longo dos quais foram apoiados mais de 2.000 empreendedores.
A Associação, que efetua anualmente perto de 300 atendimentos por ano, já fomentou a implementação de mais de 780 projetos de empreendedorismo, que representaram investimentos superiores a 10 milhões de euros e geraram mais de 900 novos postos de trabalho.
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