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Arouca: Já começou obra de 5,9 milhões para transformar ala do Mosteiro em hotel

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A obra de 5,9 milhões de euros que transformará parte do Mosteiro de Arouca num hotel de cinco estrelas, com 56 quartos, ao abrigo do programa para recuperação de património edificado devoluto do Estado, arrancou hoje.

Em causa está uma concessão de 50 anos no âmbito do programa REVIVE, através da qual os ministérios da Economia, Cultura e Finanças confiaram à empresa Mesquita de Sousa Hotels & Resorts Lda. a reabilitação e o usufruto da ala sul daquele monumento do distrito de Aveiro.

O investimento estava inicialmente previsto para alojamento de quatro estrelas, mas, em comunicado, o Ministério da Economia informa hoje que a reabilitação permitirá criar “uma unidade hoteleira de cinco estrelas, com 56 quartos, spa, piscinas interior e exterior, court de padel e um restaurante”.

O concessionário e a Câmara Municipal de Arouca assinalaram o arranque das obras numa cerimónia presidida pela secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que assim marcou o início da recuperação de um dos 23 imóveis que, entre os 51 concessionados pelo Governo a privados, estão localizados em regiões de baixa densidade demográfica.

“Foi já adjudicada a concessão de 19 imóveis, representando mais de 144 milhões de euros de investimento privado na recuperação de património público e rendas anuais na ordem dos 2,4 milhões de euros”, refere a nota do Ministério da Economia.

Fundado no século XII pela Ordem de Cister, o Mosteiro de Arouca é de traça classicista romana e tornou-se “relevante” depois de a efémera rainha de Castela, D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I de Portugal, lá ter vivido entre 1220 e 1256.

Localizado em pleno centro da vila de Arouca, o imóvel foi objeto de grandes intervenções nos séculos XVII e XVIII, e passou para a posse do Estado em 1834, quando foram extintas as ordens religiosas.

O espaço manteve-se como mosteiro até 1886, por altura da morte da última freira aí recolhida, após o que o edifício e respetivos bens reverteram para a Fazenda Pública.

Em 1910 o imóvel foi classificado como Monumento Nacional e, entretanto, tem tido “utilizações diversas”, sendo que ao longo desse século foi sujeito a duas novas intervenções de restauro.

A concessão no âmbito do programa REVIVE abrange apenas a ala sul, “que se encontrava sem utilização”, e o início dos trabalhos de conversão representam, para o Ministério da Economia, “o início de uma nova vida para o imóvel e para a vila de Arouca, permitindo não só a reabilitação deste importante património, mas também a sua valorização e devolução à comunidade”.

O Estado espera que o investimento contribua igualmente “para o reforço de atratividade da região”.

Notícias Do Centro

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