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Após moção de censura Boris Johnson garante que “nada nem ninguém” o vai parar

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje que “nada nem ninguém” o vai derrubar, apesar das acusações da oposição de que está fragilizado após 41% do grupo parlamentar Conservador ter retirado a confiança ao líder.

Confrontado no início do debate semanal na Câmara dos Comuns, no parlamento britânico, com o facto de 148 deputados terem votado contra si numa moção de censura na segunda-feira, Johnson admitiu que é normal “ter colecionado oponentes políticos” ao longo de uma carreira “que mal começou”.

“E isso é porque este Governo fez coisas muito grandes e muito impressionantes que eles não aprovam necessariamente”, acrescentou, afirmando que “absolutamente nada nem ninguém (…) vai impedir-nos de servir o povo britânico”, afirmou.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, acusou Johnson de exagerar nas promessas em áreas como a saúde, tal como fez quando negou que tivessem existido festas na residência de Downing Street durante a pandemia.

“Fingir que nenhuma regra foi desrespeitada não funcionou. Fingir que a economia está a crescer não funcionou. E fingir estar a construir 40 novos hospitais também não vai funcionar. Eles [deputados] querem que ele mude, mas ele não pode. Como sempre com este primeiro-ministro, quando está a falhar apenas muda as regras e reduz a fasquia”, acusou.

O líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Ian Blackford, chamou a Johnson “um primeiro-ministro manco que preside a um partido dividido num reino desunido”.

“Semana após semana, pedi a este primeiro-ministro que se demitisse. Fui recebido com um barulho da bancada conservadora. Achei que eles estavam a tentar calar-me, mas durante esse tempo todo 41% estavam a encorajar-me”, gracejou.

Johnson sobreviveu por pouco a uma moção de censura entre os deputados do Partido Conservador na segunda-feira, apesar de a rebelião ter sido maior do que a aquela que enfrentou a antecessora Theresa May em 2018.

Cerca de 211 deputados (59%) votaram no primeiro-ministro, em comparação com 148 votos (41%) contra, uma margem de 63.

Para se manter em funções, o líder conservador precisava de uma maioria simples, 180 votos ou mais, e agora tem um ano de imunidade contra novas moções de censura internas.

Notícias do Centro | Lusa

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