A Assembleia Municipal de Viseu aprovou hoje a alienação em hasta pública de uma parcela do terreno da estação de comboios da cidade, conhecido por terreno dos circos, com novos valor e júri, depois de ter ficado deserto.
“Precisamos de alienar este terreno e o primeiro concurso que se fez ficou deserto e agora temos um novo júri constituído”, anunciou na Assembleia Municipal de Viseu o presidente da Câmara, Fernando Ruas.
O terreno em causa situa-se nas avenidas Capitão Homem Ribeiro e da Europa, habitualmente denominado por o terreno dos circos, junto ao Túnel de Viriato, vai, assim, pela segunda vez a hasta pública, agora com o valor base de 3,2 milhões de euros (ME).
Em abril deste ano a Assembleia Municipal aprovou, com o voto contra da única deputada do Bloco de Esquerda (BE), Carolina Gomes, a alienação do terreno pelo valor base de 4,2 ME e contou.
Na altura, a alienação tinha sido aprovada na reunião do executivo municipal por unanimidade (PSD e PS) e hoje regressou à Assembleia Municipal e foi aprovada por unanimidade, sendo que o BE não esteve representado.
“Este terreno foi comprado pela Câmara [de Viseu] à CP [Comboios de Portugal] […] e esteve sempre destinado a ser alienado para contribuir para o centro de artes. É isso que vamos fazer”, afirmou Fernando Ruas.
O autarca já tinha assumido que, com esta alienação, o Município de Viseu “tem, depois, a possibilidade de fazer o acerto, em termos viários, da rua que vem do túnel [de Viriato] até à fonte cibernética”.
“A tipologia vai ser aumentada e os passeios vão ser aumentados e vai servir de base àquele loteamento e é uma forma de requalificarmos a cidade do lado norte, que vai ter o maior investimento que a Câmara já fez naquele lado da cidade”, argumentou.
Na sessão ordinária de hoje da Assembleia Municipal de Viseu, antes da ordem do dia, foi aprovado um voto de louvor, pelos 50 anos da Escola Superior de Saúde de Viseu, que assinala este ano meio século de vida.
Aquele órgão também aprovou, por outro lado, um de pesar e um minuto de silêncio pelas vítimas dos incêndios ocorridos entre 16 e 20 de setembro, que afetaram várias regiões do país, designadamente “praticamente todos” os concelhos vizinhos de Viseu.
Outro voto de pesar, apresentado pelo PSD e pelo PS, pela morte de Jorge Fraga, em 19 de agosto, aos 71 anos, foi igualmente aprovado. Embora não tenha nascido em Viseu, foi nesta cidade que Jorge Fraga promoveu a cultura, em especial o teatro, sublinha na moção.
O encenador, acrescenta, ajudou a fundar, em 1976, A Centelha, a primeira companhia profissional de teatro na região, e, em 1982, fundou a Companhia de Teatro de Viseu, cidade em que lecionou e “marcou várias gerações” que “incentivou a gostar” de teatro.
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