O advogado e ex-deputado social-democrata Álvaro Batista anunciou hoje a sua candidatura à Comissão Política Distrital do PSD de Castelo Branco e disse que os tempos exigem que se faça uma política diferente.
“Aquilo que me move [candidatura] é sentir que consigo fazer diferente. Os tempos exigem que se faça [uma política] diferente. O atual presidente da distrital já mostrou aquilo que vinha fazer, aquilo que tinha capacidade para fazer. Os militantes, agora, têm que ter a oportunidade de se pronunciar. Se estão contentes com a situação atual, nessa altura, devem votar na continuidade. Se não estão contentes com o desempenho desta distrital, então têm em mim uma oportunidade de mudar”, afirmou Álvaro Batista.
O anúncio da candidatura à liderança da Comissão Política Distrital do PSD foi feito hoje, na sede do partido, em Castelo Branco.
“Digo claramente ao que venho e aquilo que eu digo ao que venho é substancialmente diferente daquilo que tem vindo a ser feito. O PSD tem vindo a perder influência no distrito [Castelo Branco]. É preciso mudarmos a forma de fazer política e eu tenho uma ideia muito clara acerca daquilo que é necessário fazer para que o PSD passe a liderar o distrito e, nessa medida, defenda o interesse das pessoas, das populações e do território”, sustentou.
Álvaro Batista disse ainda que se vencer as eleições, agendadas para o dia 04 de dezembro, e caso a comissão política liderada por si queira seguir a sua opinião, não irá dar indicações de preferência sobre os candidatos à presidência do PSD.
“Entendemos que os militantes merecem esse respeito (…) Quando um líder sente necessidade de manifestar publicamente os seus apoios está, de algum modo, a maltratar os seus companheiros, os seus militantes de base, porque acho que eles são suficientemente esclarecidos para saberem decidir por si próprios”, sublinhou.
O candidato quer que o PSD seja líder na reivindicação de “iguais oportunidades” para o distrito de Castelo Branco, na medida em que entende que “já passou o tempo de contemporizar, de mendigar”.
“Merecendo a nossa equipa a confiança dos militantes, a Comissão Política Distrital tudo fará para exigir o que nos tem vindo a ser prometido, que, apesar de pouco, acabou por nunca ter sido cumprido”, disse.
O antigo deputado do PSD realçou que vai exigir, a quem venha a ser Governo, a eliminação das portagens na A23 para todos os residentes no distrito e para as empresas aqui sediadas, a construção do IC6 (Covilhã e Coimbra), a construção do IC31 e reivindicar respostas para os principais problemas ambientais do distrito, nomeadamente a mineração do lítio a céu aberto, a central nuclear de Almaraz (Espanha), além de assegurar o caudal ecológico no rio Tejo, entre outros.
Álvaro Batista quer ainda ver “discutida e decidida” a construção da barragem do Alvito na sua cota máxima e vai exigir que os hospitais e centros de saúde distritais tenham vagas em número equivalente aos do litoral.
Internamente, quer contactar e reunir regularmente com os vereadores eleitos nos concelhos onde o partido não é poder, pelo menos trimestralmente.
Quer ainda reforçar a ação das comissões políticas concelhias, aumentar “significativamente” o número de militantes ativos no distrito e dar “importância principal” aos problemas do despovoamento e da interioridade”.
“Podemos ser mais pobres em tudo, mas que não seja a reivindicar aquilo a que temos direito”, concluiu.
O atual presidente da distrital, Luís Filipe Santos, venceu, em julho de 2019, as eleições, numa disputa com Álvaro Batista.
Na altura, as eleições para a distrital do PSD de Castelo Branco foram antecipadas em cerca de um ano devido à demissão do Manuel Frexes, deputado e ex-presidente da Câmara do Fundão, que liderava a comissão.













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