Leiria

Autarca de Leiria alerta que acessibilidades devem avançar antes da operação da alta velocidade

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 O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, alertou hoje para a necessidade de concretizar algumas acessibilidades antes da entrada em operação da alta velocidade ferroviária, que tem uma estação projetada para o concelho.

“Algumas soluções devem avançar antes da entrada em operação da alta velocidade”, afirmou Gonçalo Lopes, na Startup Leiria, na assinatura do protocolo, com a Infraestruturas de Portugal, para a elaboração dos planos de urbanização da nova estação de Leiria e de Sismaria, no âmbito da implementação do troço Soure-Carregado da alta velocidade.

Entre essas acessibilidades estão, por exemplo, a duplicação da estrada nacional 242 e reformulação de ligações desta via à rede viária, de “modo a desmultiplicar as opções no acesso a Leiria”, ou a criação de corredor de modos suaves/transportes públicos naquela estrada nacional, segundo a apresentação do vereador Luís Lopes.

Outras das propostas são uma nova ligação sobre a Autoestrada 19, a execução do tramo norte da Circular Externa de Leiria ou a criação de uma ligação curta entre a futura estação e a atual (que serve a Linha do Oeste).

Sobre o protocolo, o presidente do município considerou que é “o início de um processo transformador há muito esperado por Leiria e por toda a região”, e que vai colocar a capital de distrito “a cerca de 39 minutos de Lisboa e 50 do Porto”.

Para Gonçalo Lopes, “mais do que encurtar distâncias, este investimento amplia” o “posicionamento competitivo, reforça a centralidade regional e multiplica oportunidades para famílias, empresas, investidores, estudantes e criadores”.

Na presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o autarca elencou “três ideias” que resumem o alcance deste projeto para o futuro de Leiria.

“A nova estação será uma verdadeira plataforma intermodal, articulando a alta velocidade com a Linha do Oeste e integrando transportes públicos, modos suaves e soluções de parqueamento”, declarou, considerando que “este investimento reforçará o papel de Leiria como principal nó de ligação da região”, ampliando a escala do mercado de trabalho, de talento e de serviços”.

Por outro lado, realçou que este investimento chega num momento em que o Politécnico de Leiria “se prepara para dar o passo decisivo rumo a universidade”, evolução que “consolidará um verdadeiro ecossistema de conhecimento e inovação, que junta ensino superior, investigação aplicada e empreendedorismo”.

O presidente da Câmara assinalou ainda a transformação urbana e territorial, antecipando que o Plano de Urbanização da Nova Estação “vai criar uma nova centralidade na zona envolvente à futura gare, com espaços públicos de qualidade, corredores verdes de equilíbrio ambiental, usos multifuncionais e um desenho urbano moderno e coerente”.

Já “o Plano de Urbanização de Sismaria permitirá requalificar a área da atual estação e o corredor da Linha do Oeste, transformando-o num eixo de mobilidade suave, cultura, serviços e habitação”.

Para Gonçalo Lopes, “a coincidência entre a nova estação e a Linha do Oeste traz uma expectativa clara”, com a segunda a ganhar relevância.

“O que hoje é limitação transformar-se-á em vantagem, se planearmos bem os ‘interfaces’ e os horários, e se qualificarmos os acessos de forma consequente”, defendeu.

A linha de alta velocidade Porto – Lisboa vai permitir uma velocidade máxima de 300 quilómetros por hora e destina-se exclusivamente a tráfego de passageiros.

O troço Soure – Carregado, com cerca de 110 quilómetros, atravessa os concelhos de Rio Maior, Azambuja, Alenquer, Cadaval, Caldas da Rainha, Alcobaça, Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande e Pombal.

A ligação da futura linha de alta velocidade à Linha do Norte será feita na zona do Carregado, enquanto a futura estação de Leiria permitirá a interligação com a Linha do Oeste.

Notícias do Centro | Lusa

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