Leiria

Fólio comemora dez anos e assinala várias efemérides em 11 dias de festival em Óbidos

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O lançamento do livro comemorativo os 10 anos do Fólio – Festival Literário Internacional de Óbidos marca o arranque da programação que, durante 11 dias, assinala efemérides como os 900 anos de Portugal ou o centenário de José Cardoso Pires.

A inauguração do Fólio, hoje às 17:00, será o momento para o lançamento da obra, apoiada pela Representação da Comissão Europeia em Portugal, em cujas páginas se revisitam momentos, rostos e imagens que marcaram as nove edições anteriores do festival e que, na sua 10.ª edição, que decorre até ao dia 19, prepara a projeção para próxima década.

No que toca a efemérides, o festival que decorre sob o tema “Fronteiras” será também o espaço de celebração do 20.º aniversário da editora portuguesa Tinta-da-China, presente no Fólio com uma tenda (no jardim do Espaço Ó) e programação próprias, em “torno daquilo que significa resistir enquanto editora independente nos dias de hoje”.

As duas décadas da editora fundada em 2005 serão tema de uma exposição evocativa e de conversas com os escritores Carlos Vaz Marques, Pedro Mexia, Dulce Maria Cardoso, Valério Romão, José Pacheco Pereira, Rui Tavares e Ricardo Araújo Pereira, entre outros.

Os 40 anos da adesão de Portugal à União Europeia são outra das efemérides a contar com programação própria no festival, incluindo mesas literárias, sessões informativas, uma exposição e debates, o último dos quais sobre “40 Anos de Cultura e Língua Portuguesa na UE”, que contará com a participação de eurodeputados portugueses.

No segundo dia, a programação do festival assinala o centenário de José Cardoso Pires, evocado numa conversa entre Ana Cardoso Pires e Ana Margarida Carvalho e, no domingo, José Ribeiro Castro, João Paulo Oliveira e Costa e José Eduardo Franco assinalam os 900 anos de Portugal.

Em ano de comemoração, a 10.ª edição do Fólio terá como pontos altos a participação de dois prémios Nobel da Literatura: a bielorrussa Svetlana Alexievich (em 2015) e o sul-africano J.M. Coetzee (em 2003). A primeira, autora de “Vozes de Chernobyl” e “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher”, falará sobre “Fronteiras”, no sábado. O segundo, autor de “a Desgraça” ou “À Espera dos Bárbaros”, voltará ao tema no dia 17, numa conversa com Alberto Manguel.

Pelo meio, nas 15 mesas de autor irá falar-se sobre “Existência” (Cho Nam-joo e Lida Turpeinen), “Medo” (Anne Applebaum e Raquel Vaz-Pinto), o “Outro” (Avi Shlaim e William Sieghart), “Silêncio” (Fernando Aramburu e Irene Sola), “Identidade” (Valério Romão e Carmen Maria Machado), “Íntimo” (Tati Bernardi e Édouard Louis), “Família” (Paul Murray e Marie NDiaye), “Memória” (Luísa Sobral, Joanna Elmy e Marta Pérez-Carbonell), “Género Literário” (Luísa Costa Gomes e Teolinda Gersão), “Real (José Eduardo Agualusa e Giovana Madalosso), “Liberdade” (Ricardo Araújo Pereira e Joana Marques), “Impérios” (Pierre Singaravélou e Pedro Aires Oliveira) e, a fechar, “Morte” (Lionel Shriver, Rui Cardoso Martins e Làszló Krasznahorkai).

Lugar ainda para a entrega do Prémio Literário Fernando Leite Couto a Zacarias Nguenha e do Prémio Nacional de Ilustração 2025 a André da Loba.

O Fólio Educa volta este ano a organizar o Seminário Internacional de Educação, sob o tema “Educar: pensar a escola no limite entre mapas e encontros”, que será encerrado pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre.

Na Folia, a Fundação Inatel tem programados sete concertos durante o festival que conta ainda com 21 exposições para visitar.

O festival é organizado pelo município de Óbidos, em parceria com a empresa municipal Óbidos Criativa, a Ler Devagar e a Fundação Inatel.

Notícias do Centro | Lusa

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