O candidato da CDU à presidência da Câmara de Castelo Branco disse hoje que é preciso criar empregos com direitos e acabar com a precariedade, numa alusão aos trabalhadores do centro de contacto da Segurança Social que têm salários em atraso.
“Para além de estarmos aqui em campanha, estamos em contacto com estes trabalhadores [centro de contacto da Segurança Social] que estão a ser vítimas de mais uma injustiça [salários em atraso], que erradica num problema de fundo que é o facto de a Segurança Social externalizar este serviço em vez de o assumir como deveria fazer”, afirmou Carlos Canhoto.
O candidato da CDU lamentou também a passagem de responsabilidades entre a empresa que cessou o serviço e a Segurança Social que a contratou.
“Agora há aqui um passar de responsabilidades de uma empresa para a outra. A empresa que deixou de assumir o serviço recusa-se a pagar o salário. Quem sofre são sempre os mesmos, os trabalhadores”, sustentou.
Carlos Canhoto realçou que existe um problema de fundo que tem de ser resolvido com o assumir de responsabilidade por parte da Segurança Social: “Tem que assumir este serviço”.
“Para nós, não basta só criar empregos. É preciso criar empregos com direitos e acabar com a precariedade. A própria autarquia tem trabalhadores em situação precária, nomeadamente trabalhadores ligados à Albigec [empresa municipal]”, disse.
As questões ambientais foram também abordadas pelo candidato da CDU, que alertou para o facto de a agricultura intensiva estar a ganhar terreno na região.
“Temos um problema com a barragem de Santa Águeda, que precisa urgentemente de um plano de ordenamento e proteção desta agricultura intensiva”, defendeu.
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS obteve três mandatos, os mesmos que o movimento Sempre, liderado pelo ex-presidente do município, Luís Correia, e o PSD elegeu um vereador, João Belém.
Para as eleições de domingo, Carlos Canhoto tem como adversários políticos o atual presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, que se recandidata pelo PS, João Ribeiro (Chega), Mário Camões (Esquerda Livre), José Henriques (Iniciativa Liberal), José Augusto Alves (PSD/CDS-PP).
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