Leiria

Avançar Leiria (BE/Livre/PAN) quer casa-abrigo no concelho para vítimas de violência

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O cabeça de lista da coligação Avançar Leiria (BE/Livre/PAN) à Câmara, José Peixoto, quer uma casa-abrigo para vítimas de violência doméstica no concelho e defendeu proatividade do município na área da habitação.

“Será muito importante haver mais casas-abrigo. Sabemos também que as casas-abrigo terão de ser usadas por pessoas de outros sítios. O problema não é só aqui do concelho, o problema é geral e queremos ajudar a resolvê-lo”, disse à agência Lusa José Peixoto.

À margem de uma reunião com a Mulher Século XXI – Associação de Desenvolvimento e Apoio às Mulheres, o cabeça de lista considerou que o crime de violência doméstica no concelho é o “mais comum e dos mais perigosos e dos mais violentos”, propondo também “um gabinete integrado que tenha serviços jurídicos, que tenha serviços psicológicos, que ainda não existe na Câmara”.

O candidato da coligação Avançar Leiria, que junta os partidos Bloco de Esquerda, Livre e PAN – Pessoas – Animais – Natureza, destacou ainda que as vítimas de violência doméstica devem ser as primeiras a ter acesso a uma habitação pública caso tenham necessidade.

Referindo-se especificamente à habitação, José Peixoto, militante do Bloco de Esquerda (BE), apontou a necessidade de haver uma postura proativa do município nesta área.

“Temos andado a fazer uma recolha de habitação degradada e temos andado a ver o que há, não só aqui no centro histórico, que há muita, mas também nas freguesias, e há muita habitação que podia ser aproveitada”, considerou.

Neste aspeto, exemplificou com “imóveis públicos que podiam ser aproveitados”, assim como imóveis privados que “podiam e deviam ser recuperados”.

“A Câmara [podia] comprar, arrendar, tentar negociar com eles, ajudar até aos próprios proprietários, porque há muitos proprietários que não fazem as obras porque não têm dinheiro”, assinalou, dando exemplos de casas na cidade de Leiria que estão “há 40 anos vazias”.

A presidente da Mulher Século XXI, uma organização não-governamental criada em 2001, disse à Lusa que o pedido que faria ao futuro presidente da autarquia eram instalações.

“Precisamos muito de instalações de alguma qualidade para o atendimento às nossas vítimas”, declarou Susana Pereira, adiantando que o concelho de Leiria tem uma casa de acolhimento de emergência (cedida em regime de comodato pelo município), onde as vítimas podem permanecer por um período de 15 dias, renovável por outros 15.

Segundo Susana Pereira, era preciso pelo menos mais uma casa de acolhimento de emergência, assim como uma casa-abrigo em Leiria.

“As vagas estão muito difíceis, porque não há alojamento a preços acessíveis para as vítimas poderem sair da casa-abrigo [no concelho de Pombal], que é onde começam o seu projeto novo de vida”, precisou a presidente da associação responsável pelo centro de atendimento a vítimas de violência doméstica do distrito.

Nas autárquicas de 2021, Gonçalo Lopes, que é recandidato, liderou, pela primeira vez, a lista do PS ao município, com o partido a manter oito mandatos e o PSD três. Os vereadores sociais-democratas passaram depois a independentes.

São também cabeças de lista à Câmara de Leiria nas próximas autárquicas Sofia Carreira (PSD), Branca Matos (CDS), Paulo Ventura (IL), Nuno Violante (CDU), Luís Paulo Fernandes (Chega) e Nuno Henriques Barroso (ADN).

Notícias do Centro | Lusa

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