A candidata da coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN), Ana Abrunhosa, prometeu hoje valorizar as margens do Rio Mondego, na cidade de Coimbra, especialmente a margem esquerda, que “tem estado esquecida”.
“Queremos valorizar as margens do Mondego como um grande espaço público de Coimbra, combinando regeneração natural com requalificação urbana, com a expansão das áreas verdes e equipamentos de lazer, com a integração urbanística da margem esquerda, que tem estado esquecida”.
Depois de um passeio de meia hora pelas águas do Mondego, num barco movido a energia solar, a candidata apontou que o Rio Mondego “é o símbolo de Coimbra”.
No entanto, as suas águas e margens estão “totalmente subaproveitadas”, precisando o rio de “ser mais cuidado” e “desassoreado”.
“O Mondego é um recurso natural ainda pouquíssimo explorado para a vivência social, para a prática desportiva e para a promoção da saúde física e mental. Mas, para isso, precisamos de infraestruturas da excelência para treinar atletas de topo e acolher grandes competições, transformando o rio num palco privilegiado para desportos aquáticos não motorizados e eventos de referência”.
Em declarações à agência Lusa, considerou que a margem esquerda “não existe para a cidade”, tendo como pretensão a sua integração urbanística com o desenvolvimento de infraestruturas desportivas da excelência.
“Vamos renaturalizar as margens e cuidar do rio vivo, renaturalizar as margens do Mondego através da recuperação de ecossistemas ribeirinhos e da formação de espécies autóctones. Vamos aproveitar as margens do rio desde a Portela até ao Choupal, com praias fluviais urbanas, aliás aqui muito perto do Exploratório queremos ter uma, com áreas de lazer, equipamentos desportivos, espaços de convívio que incentivem a permanência e a interação da população com o rio”.
A antiga ministra da Coesão Territorial vincou ainda que tem como objetivo começar logo a trabalhar num plano integrado para a margem de Santa Clara, articulando-o com o Distrito de Inovação que têm previsto para a Baixa de Coimbra, que qualifique os espaços urbanos e assegure a revitalização do centro da cidade.
“Aqui, a ideia é a de que a Baixa atravesse o rio e se prolongue por Santa Clara e o próprio Distrito de Inovação que queremos fazer na Baixa se prolongue também para Santa Clara. Que esta revitalização do centro da cidade inclua o rio, combinando habitação, comércio, serviços com equipamentos culturais, educativos e desportivos, promovendo a mobilidade sustentável, a criação de espaços verdes qualificados e uma ligação efetiva ao rio”, concretizou.
Para a margem esquerda defendeu ainda a criação de um centro de treino especializado em desportos aquáticos, com remo, canoagem, natação em águas abertas e triatlo, equipado para acolher atletas locais, nacionais e internacionais.
“Queremos ter capacidade para organizar competições de alto nível e este centro de treino do Mondego passa também por requalificarmos os centros de desportos náuticos existentes”, acrescentou.
Ana Abrunhosa aludiu ainda à Praça da Canção, que funciona como “um queimódromo e um latódromo”, mas que pretende transformar “numa verdadeira Praça da Canção no sentido do termo”.
“Com equipamento urbano, espaços de lazer, casas de banho e equipamentos infantis. É inimaginável olhar para o lado esquerdo da margem, para uma área tão privilegiada e vê-la deserta e descuidada a maior parte do ano”, concluiu.
Além de Ana Abrunhosa, pelo PS, são candidatos nas eleições de dia 12 o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/MPT); Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; Sancho Antunes, pelo ADN; e Tiago Martins, pela Nova Direita.
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