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A candidata do PSD à Câmara de Leiria, Sofia Carreira, defendeu hoje um território à “mesma velocidade” e criticou o facto de as freguesias do concelho “estarem estagnadas”.
“As freguesias são o eixo político da descentralização que queremos e da coesão territorial. O nosso programa acredita seriamente que não pode haver desequilíbrios políticos, de acessibilidades e de oferta de oportunidades, que existem entre o centro do concelho, a cidade e as freguesias”, disse Sofia Carreira, numa visita ao mercado da Maceira.
A cabeça de lista social-democrata defendeu que o objetivo do seu programa é “colocar o território à mesma velocidade” e “dar mais autonomia política às freguesias, que, ao longo de 16 anos” tem “vindo a ser perdida”.
“O nosso programa é para as pessoas, encorpar as freguesias, dar-lhes autonomia, dar-lhes poder e chamá-las ao palco político para que possamos, desta forma, corresponder com mais eficiência em todo o território”.
Sofia Carreira denunciou ainda que “quase todas as freguesias estão estagnadas” e a “Maceira é um grande exemplo disso”.
Segundo a candidata, a freguesia onde esteve hoje de manhã tem “um grande potencial industrial e com uma zona industrial que não está sequer classificada como zona industrial”.
Além disso, “é uma freguesia que tem perdido população”.
“Os censos dão-nos o concelho a crescer, mas a verdade é que não estamos a conseguir fixar jovens e isto só é possível se tivermos uma estratégia de mobilidade, de coesão territorial e de incentivo à parte do desenvolvimento económico”.
“Se não fixarmos empresas, não criamos emprego e os jovens vão embora”, declarou.
Contactando com o comércio na sua vertente mais pura, a candidata frisou que o “comércio tradicional é a base do equilíbrio social, quer nas freguesias, quer fora nas freguesias”.
“Se olharmos para Leiria, neste momento, causa sofrimento. Leiria está ao abandono, os comerciantes estão ao abandono e a proposta do município é sempre a piorar. É gradear lojas, portanto, é sempre a piorar. Este tipo de comércio é estruturante para a dita coesão territorial”, insistiu.
Para Sofia Carreira, se não for desenvolvida “uma estratégia concertada nas várias frentes, e a mobilidade é uma das principais, dificilmente” será possível “reabilitar o comércio”.
“E nós não conhecemos nenhuma estratégia nessa vertente. Portanto, não vejo que as políticas atuais tenham sido eficientes, muito pelo contrário. Muitas das iniciativas que acontecem, acontecem de costas viradas para o comércio tradicional e é esse paradigma que tem de ser alterado”, garantiu.
Nas autárquicas de 2021, Gonçalo Lopes, que é recandidato, liderou, pela primeira vez, a lista do PS ao município, com o partido a manter oito mandatos e o PSD três. Os vereadores sociais-democratas passaram depois a independentes.
São também cabeças de lista à Câmara de Leiria, nas autárquicas de dia 12, Luís Paulo Fernandes (Chega), Nuno Violante (CDU), Nuno Henriques Barroso (ADN), José Peixoto (coligação Avançar Leiria, que junta BE, Livre e PAN), Paulo Ventura (Iniciativa Liberal) e Branca Matos (CDS-PP).
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