Candidato da CDU critica “obras de fachada” na feira semanal de Viseu

O candidato da CDU (PCP/PEV) à presidência da Câmara de Viseu, Leonel Ferreira, lamentou hoje as “obras de fachada” feitas recentemente no recinto da feira semanal e prometeu lutar para dignificar o espaço caso seja eleito.

“Foram obras de fachada, de alcatroamento de algumas zonas, mas no espaço que é destinado aos feirantes não foi feito rigorosamente nada”, lamentou Leonel Ferreira, em declarações à agência Lusa, durante uma visita à feira semanal.

Ao circular pelas tendas, o candidato ouviu queixas de vários feirantes sobre a falta de condições “que se vão repetindo ao longo de anos”, apesar das “muitas promessas” do executivo liderado pelo social-democrata Fernando Ruas.

“E ainda agora não está a chover, porque, se estivesse, a falta de condições que o recinto tem ainda se fazia notar mais”, lamentou.

Leonel Ferreira ouviu também queixas dos feirantes que vendem animais vivos e que “foram obrigados a deslocar-se” para uma zona do recinto sem “as mínimas condições”, não tendo sequer um ponto de água.

“É preciso olhar para esta feira para a revitalizar, para melhorar as suas condições, quer para feirantes, quer para quem cá vem fazer as suas compras”, frisou.

Segundo o candidato, o recinto “tem sido muito desprezado” quer pelo PSD, quer pelo PS, na Câmara, na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia.

“Nada fazem. Muitas promessas, poucos compromissos. Nós somos exatamente o contrário, fazemos o que prometemos”, garantiu, acrescentando que se trata de uma feira antiga, que deve ser preservada.

A Câmara de Viseu é liderada por Fernando Ruas, que foi presidente durante 24 anos (entre 1989 e 2013) e regressou nas últimas eleições autárquicas.

Além de Leonel Ferreira, são candidatos à presidência da Câmara de Viseu, nas eleições autárquicas de 12 de outubro, Fernando Ruas (PSD), João Azevedo (PS), Hélder Amaral (CDS-PP), Bernardo Pessanha (Chega), Hélio Marta (IL) e Paulo Quintão (ADN).

Em 2021, Fernando Ruas obteve 46,68% dos votos, que se traduziram em cinco mandatos, menos um do que em 2017. O PS, com uma lista encabeçada por João Azevedo, obteve 38,26% dos votos, ficando com quatro mandatos. O Chega foi o terceiro partido mais votado (2,95%), seguido da IL (2,20%), do CDS-PP (2,02%), do BE (2,01%), do PAN (1,26%) e da CDU (1,17%).