Cerca de 2.000 operacionais, 603 meios terrestres e 22 meios aéreos estavam pelas 18:00 de hoje a combater nove incêndios rurais mais significativos e em curso nas regiões Norte e Centro de Portugal continental, segundo dados da Proteção Civil.
De acordo com informação disponível no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), registavam-se pelas 18:00 um total de 14 incêndios rurais considerados como ocorrências significativas (pela sua dimensão e duração), dos quais nove em curso (em evolução sem limitação de área) e cinco em resolução (sem perigo de propagação).
Esses 14 fogos rurais (de entre as três tipologias definidas pela Proteção Civil: povoamento florestal, mato e agrícola), contavam com um total de 3.191 operacionais, 948 veículos e 22 meios aéreos, segundo os dados da ANEPC.
Somando as outras ocorrências, registavam-se pelas 18:00 um total de 92 incêndios em Portugal continental, que estavam a ser combatidos por 4.571 operacionais, cerca de 1.300 meios terrestres e 38 meios aéreos.
A essa hora, o incêndio que mobilizada mais recursos no combate era o que deflagrou na noite de segunda-feira numa zona de mato em Soutelo, Castro Daire, no distrito de Viseu, contando com 797 operacionais (inclusive bombeiros e forças de segurança), 242 meios terrestres e 13 meios aéreos.
Ainda no concelho de Castro Daire, na aldeia de Moção, encontrava-se em curso um fogo em povoamento florestal, que teve início na terça-feira e que se mantém ativo, estando a ser combatido por 125 operacionais e 41 veículos.
No distrito de Viseu, estava também em destaque o fogo que deflagrou na segunda-feira de madrugada em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo, contando com 231 operacionais, 56 veículos e três meios aéreos, assim como o que de Lamego, que teve início na quarta-feira à tarde, estando com 94 operacionais e 29 meios terrestres.
Dos fogos em curso, destacava-se ainda o incêndio em Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro, que deflagrou na tarde de quarta-feira e estava a ser combatido por 333 operacionais, 98 veículos e quatro aeronaves.
Entre os fogos ativos mais significativos estavam também três no distrito de Vila Real, nomeadamente nos concelhos de Alijó (168 operacionais e 49 veículos), Vila Pouca de Aguiar (163 operacionais, 45 meios terrestres e dois meios aéreos), estes dois que deflagraram na terça-feira, e Peso da Régua (62 operacionais e 17 veículos), que teve início esta quinta-feira pelas 10:30.
A Proteção Civil realçava, entre os incêndios ativos, um fogo em Santo Tirso, distrito do Porto, que deflagrou no início da tarde de terça-feira, mobilizando 79 operacionais e 26 veículos.
Entretanto, as autoridades locais deram já o fogo de Santo Tirso com dominado.
Pelas 18:25, o dispositivo mantinha-se no local “atento a eventuais reacendimentos, em permanente vigilância”, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Tirsenses, Vítor Pinto.
Entre os cinco fogos em resolução e com destaque nas ocorrências significativas pelas 18:00 estavam os dois incêndios em povoamento florestal no concelho de Sever de Vouga, distrito de Aveiro, ambos a lavrar desde domingo, ocupando ainda cerca de 800 elementos das forças de socorro e segurança e 240 veículos.
De acordo com a ANEPC, continuavam a merecer destaque, apesar de dominados, os fogos em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, com 190 operacionais e 62 veículos; em Nelas, distrito de Viseu, com 76 operacionais e 20 veículos; e em Amarante, distrito do Porto, com 65 operacionais e 22 veículos.
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.
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