Os incêndios florestais consumiram entre domingo e sexta-feira cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.
As zonas mais afetadas pelos fogos dos últimos dias são a região de Viseu Dão Lafões, com uma área consumida pelas chamas superior a 52.000 hectares, Tâmega e Sousa (mais de 25.000 hectares), Região de Aveiro (mais de 24.000 hectares), seguido da Área Metropolitana do Porto, Alta Tâmega e Ave, com uma área ardida superior a nove mil hectares cada.
De acordo com o sistema europeu de observação da Terra Copernicus, que recorre a imagens de satélite com resolução espacial a 20 metros e 250 metros, a contabilização da área ardida desde domingo chega aos 135.752 hectares.
No total, arderam este ano em Portugal 146.649 hectares, tendo o país passado, numa semana, dos melhores valores de área ardida da década para o terceiro pior desde 2014, sendo apenas ultrapassado em 2017 (563.000 hectares) e 2016 (165.000).
O sistema europeu Copernicus dá também conta que este ano ocorreram em Portugal 170 incêndios significativos.
Em comparação com os restantes países da União Europeia, Portugal está este ano no topo da tabela em percentagem de área ardida, seguido do Chipre, Bulgária, Croácia e Grécia.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) não regista hoje ocorrências significativas de incêndio, apesar de ainda existirem meios no terreno, nomeadamente 226 operacionais e dois meios aéreos no fogo da região de Castro Daire (Viseu).
Pela primeira vez desde domingo que a página da internet da ANEPC não tem hoje “vermelhos” de incêndios ativos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Os incêndios atingiram as regiões do norte e centro do país e provocaram 17 feridos graves e cinco mortos contabilizados pelas autoridades, tendo ainda deixado um rasto de destruição.
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